O dilema da transparência: uma análise da Resolução 615/CNJ à luz da teoria do homo Sapientissimus.


 Ilustração da Revista JusNavigandi


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Resumo

O presente artigo investiga a tensão fundamental entre as exigências normativas de transparência e explicabilidade no uso da Inteligência Artificial (IA) pelo Poder Judiciário — consubstanciadas na Resolução 615 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) — e a realidade técnica dos Grandes Modelos de Linguagem (LLMs). A partir do conceito de Homo Sapientissimus, propõe-se uma análise da incompatibilidade entre a lógica formal aristotélica e a cognição algorítmica, estatística e simbólica. O estudo aponta a aporia da norma regulatória que, ao tentar dispor sobre transparência e uso de "caixa-preta" (IAgen), oscila entre a exigência de publicidade e a discricionariedade judicial. Utilizando aportes teóricos dos sociólogos Luhmann e Latour e do ciberneticista Aurel David, sugere-se que a solução para a segurança jurídica não reside na "abertura do código", nem na expressão da cognição algorítmica em termos de lógica formal, mas no "esquema de generalização" controlado: o treinamento da IA com a base de dados do próprio magistrado (fine-tuning), o que leva o algoritmo a atuar como um "aprendiz" alinhado, ética e juridicamente,  ao julgador (“para cada juiz um aprendiz”).

 Palavras-chaveInteligência Artificial Jurídica (IAJ); Resolução 615/CNJ; Transparência algorítmica; Homo Sapientissimus; Lógica algorítmica.

Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

TAVARES-PEREIRA, S. O dilema da transparência: uma análise da Resolução nº 615 do CNJ à luz da teoria do 'Homo sapientissimus'Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 30, n. 8182, 25 nov. 2025. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/116325. Acesso em: ...


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